Boa fruta na Ligúria "Mas sem chuva vai ser difícil"

Gianni Benza: "Até os rios históricos estão secos"
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“Fazemos o sinal da cruz e esperamos que o Altíssimo nos mande um pouco de chuva”. Gianni Benza (Foto Nela), Conselheiro da Associação Italiana de Lagares de Azeite da Ligúria confia na oração para salvar a estação da azeitona. Numa região onde os olivais assentam em socalcos arrancados à serra, com o variedade Protagonista de Taggiasca, são cerca de 27 mil hectares destinados a este cultivo que envolve mais de 23 fazendas, com uma superfície média que não ultrapassa sequer um hectare.
“A afinação – explica Benza – foi satisfatória. Aqui dizemos que se o cacho tiver três azeitonas, há o ano, se tiver uma ou duas, há meio ano. E o último cenário é o que foi registrado. Não é tanto, pelo amor de Deus, mas em comparação com a campanha passada, as expectativas são bem melhores. Claro que se continuar este calor e esta seca, não sei quanto tempo as azeitonas vão durar na videira. Um pouco de chuva seria necessária daqui a cerca de dez dias. Mas, infelizmente, na Ligúria já se passaram três meses desde que uma gota de água caiu. Mesmo os rios históricos estão em um baixio que nunca foi visto antes. Entre outras coisas, estamos a falar de uma região que, pela sua conformação geográfica, não se presta a ter albufeiras ou poços e a irrigação é uma exceção. A última chuva de verdade foi no Natal, depois alguns aguaceiros curtos. Muito pouco mesmo para olivais acostumados ao estresse hídrico".

Tags: Benza, em evidência, Liguria

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